mostras

Com a chegada do acervo de filmes no Brasil foram realizadas mostras de filmes e debates em diversas cidades do país. As mostras foram organizadas, sobretudo, com os filmes já editados com versão em português. No entanto foram realizadas novas matrizes para exibição, como por exemplo, para os filmes "A Tribo que se Esconde do Homem" e "Reinado na Floresta".

No final de 2009 foram exibidos em pré-estréia dois filmes da década de 1960 que integram o conjunto dos sete filmes recém digitalizados das matrizes 16mm, primeira versão brasileira. A restauração deste conjunto de filmes foi dirigida por Adrian Cowell.

CIDADE
DATA
LOCAL
26/11/08 a 07/12/08
Caixa Cultural
9/12/08 a 14/12/08
Centro Cultural Banco do Brasil
15/12/08 a 21/12/08
Teatro Helio Melo (Rio Branco)
Fundação Chico Mendes (Xapuri)
22/04/09 a 26/04/09
Instituto de Artes do Pará
27/10/09 a 31/10/09
Teatro Gebes Medeiros
10/11/09 a 21 /11/09
FORUMDOC.BH.
5/04/10 a 14/04/10
Cine Ouro
 
 

Mostra Rio de Janeiro

2008 - Rio de Janeiro (RJ) – 26 de novembro a 7 de dezembro.
Amazônia Segundo Adrian Cowell - 50 anos de cinema
– Espaço CAIXA Cultural – RJ.

Transcrição dos debates em PDF

26/11 - O Documentarista Adrian Cowell

Participação de Carlos Alberto Mattos, Vincent Carelli. Coordenador: Beth Formaggini.
A mesa, composta por críticos de cinema e renomados documentaristas brasileiros, debateu a importância da trajetória e da narrativa fílmica do diretor Adrian Cowell dentro do cenário do documentário brasileiro.

27/11 - Memória e Preservação de Acervos Fílmicos Indígenas

Participação de Mário Arruda (Núcleo de Documentação do Instituto Goiano de Pré - História e Antropologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás), Mauro Domingues (Arquivo Nacional), Hernani Heffner (MAM) e Denise Portugal (Museu do Índio), Coordenador: Paulo Elian (Casa de Oswaldo Cruz - Fiocruz).
O objetivo dessa mesa foi avaliar a importância do acervo de filmes sobre a Amazônia, doado ao Brasil, fruto de 50 anos de trabalho do premiado documentarista Adrian Cowell, e refletir sobre as ações futuras para preservação e divulgação.

Mostra Brasília

2008 - Brasília (DF) – 9 a 14 de dezembro.
Amazônia Segundo Adrian Cowell - 50 anos de cinema
– Centro Cultural Banco do Brasil – SCES.
Debates: Centro Cultural Banco do Brasil BSB.

Transcrição dos debates em PDF

9/12 - O Parque Indígena do Xingu e o Movimento Indígena no Brasil

Participação de Mairawê Kayabi, Mutuá Mehinaku, André Villas Boas (Instituto Socioambiental), Márcio Meira (Funai) e Adrian Cowell. Coordenação: Bruna Franchetto (PPGAS - UFRJ).
Na década de 1960 e 1970, muitos antropólogos foram contrários à política dos irmãos Villas Bôas; especialmente contra a prática de levar grupos indígenas recém-contatadas, como os Ikpeng, Panará, Suyá e Kayabi, para dentro do Parque do Xingu. Essa política tirou os índios de territórios ancestrais e colocou em risco os seus direitos constitucionais a uma terra indígena. Os Villas Bôas argumentaram que naquele contexto de desenvolvimento desenfreado, com o avanço de madeireiros, garimpeiros e grileiros na floresta amazônica, não havia outra maneira de preservar os grupos da extinção. Essa mesa pretendeu retomar esse debate do ponto de vista histórico e avaliar o movimento indígena hoje no Parque, refletir qual foi a contribuição do Parque do Xingu para o movimento indígena brasileiro.

10/12 - As Tribos Isoladas e o Desenvolvimento da Amazônia

Participação de Sydney Possuelo (Instituto Brasileiro de Indigenismo), José Meirelles (Dep. Índios Isolados – Funai), Marcos Apurinã (Coiab) e Adrian Cowell, Coordenação Ricardo Arnt (jornalista).
No Brasil desenvolveu-se uma forma de aproximação entre os sertanistas e os índios ainda sem contato com a nossa sociedade, que estão isolados na floresta fechada. O não conhecimento da língua do povo contatado e a conseqüente dificuldade do sertanista em relação ao índio desconhecido tornam quase impossíveis relações amistosas. Habitualmente o grupo ataca ou foge quando avista o homem branco. Se, finalmente, o contato se realiza – depois de anos ou décadas de paciente espera – os sertanistas se confrontam com o problema de prevenir os índios de morrerem, vítimas de uma epidemia após a outra. Ainda existem índios isolados em cerca de 60 pontos da Amazônia brasileira. No século XX, grandes passos foram dados na política brasileira de contato com o índio isolado: primeiro com Rondon, em seguida com a política dos Villas Bôas para o Parque Nacional do Xingu e finalmente a política do não contato iniciada com Sydney Possuelo.

11/12 – O Legado de Chico Mendes: As Reservas Extrativistas

Participação de Joaquim Belo (Conselho Nacional de Seringueiros), Paulo Maia (ICM - BIO) Mary Allegretti e Adrian Cowell. Coordenador: Nilo Diniz (Conama-MMA).
As reservas extrativistas documentadas em ‘Chico Mendes - Eu Quero Viver’ são uma inovação com origem na floresta amazônica; uma experiência única no mundo com grande repercussão política. Nas duas décadas após a morte de Chico Mendes, 80 reservas foram criadas e mais 100 estão pleiteadas. Mas, infelizmente, não são suficientemente rentáveis, na economia do século XXI, para manter o jovem na floresta. A chegada de uma nova política, ligada aos créditos de carbono e à Bolsa Floresta (recentemente criada pelo Estado do Amazonas e apoiada pelo MMA) traz uma esperança de que a floresta em pé possa, no futuro, tornar-se mais rentável do que a floresta desmatada para a agricultura e pecuária. Nas negociações pós Kyoto, os fazendeiros que ilegalmente desmataram suas reservas, provavelmente vão ganhar créditos de carbono para os seus reflorestamentos. É justo que os índios e os seringueiros - que cuidam de cerca de 25% da Amazônia - não ganhem créditos de carbono para proteger a floresta de invasões e desmatamentos ilegais? É justo que não recebam nada por seus serviços ambientais?

12/12 – Grandes obras de infra-estrutura e desenvolvimento regional na Amazônia: rumo à sustentabilidade?

Participação de Julio Miragaya (Ministério da Integração), Nilfo Wandsheer (Sind. Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde – MT), Adriana Ramos (Instituto Socioambiental), Venilson José Taveira da Silva - CEFT-BAM (Centro de Estudo, Pesquisa e Formação dos Trabalhadores do Baixo Amazonas) e representantes do CONDESSA – Consórcio pelo Desenvolvimento Socioambiental da BR-163. Coordenação Don Sawyer e Brent Millikan.
Nas últimas décadas, a abertura e pavimentação de rodovias na Amazônia têm contribuído para a intensificação do desmatamento, queimadas, exploração ilegal de madeira, e conflitos violentos pela terra. Recentemente, uma tentativa de reverter este quadro foi a elaboração de um plano de desenvolvimento regional sustentável para a área de influência da rodovia Cuiabá - Santarém, cuja pavimentação está prevista no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Lula. A elaboração do plano foi coordenada por um grupo de trabalho interministerial, liderado pela Casa Civil da Presidência da República, e contou com forte protagonismo de um conjunto de movimentos sociais e ONGs da região. Este painel debateu as lições da experiência de preparação e execução inicial do “Plano BR-163 Sustentável”, lançado em junho de 2006, assim como perspectivas para a sustentabilidade socioambiental de outras grandes obras de infra-estrutura do PAC na região Amazônica.
Apoio: Projeto Diálogos / Comunidade Européia.

Mostra Acre






2008 – Rio Branco e Xapuri (AC) – 15 a 21 de dezembro.
Semana Chico MendesChico Mendes Vive! 20 anos – exibições dos filmes "Chico Mendes Eu Quero Viver" e "O Sonho de Chico". 18 de dezembro, Fundação Chico Mendes (Xapuri) e 19 de dezembro, Teatro Helio Melo (Rio Branco).

Premiação






A Semana Chico Mendes relembrou em 2008, os 20 anos do assassinato do líder seringueiro.
Desde 2004, o Governo do Acre instituiu o Prêmio Chico Mendes de Florestania, concedido às pessoas e entidades que se destacam na defesa da sustentabilidade social, econômica e ambiental.
Dentre os 20 contemplados com o prêmio em 2008, Adrian Cowell e Vicente Rios dividem o prêmio pelos documentários "Chico Mendes: Eu Quero Viver" e "O Sonho de Chico", registros fundamentais para divulgar a imagem e as idéias de Chico.

Mostra Belém






2009 – Belém (PA) - 22 a 26 de abril.
1º Festival Pan - Amazônico de Documentários- Instituto de Artes do Pará.
Mostra Paralela: “O Olhar de Adrian Cowell” dias 23 e 24.

23/04 - Abertura da Mostra /Conferência Adrian Cowell

Teatro Maria Sylvia Nunes – Estação das Docas. Visões do Documentário Pan-Amazônico.

24/04 -“Uma História do Cinema Documentário Pan-Amazônico”

Participantes: Edna Castro, Aurélio Michiles, Lucas Bambozzi e Vicente Rios. Mediação: Januário Guedes

25/04 – “Visões do Documentário Pan-Amazônico”

Participantes: Adrian Cowell, Aurélio Michiles, Joel Pizzini.

Mostra Manaus















2009 – Manaus (AM) – 27 a 31 de outubro.
IVª Mostra Amazônica do Filme Etnográfico – Olhares Sobre a Amazônia.
Mostra Paralela Adrian Cowell.
Teatro Gebes Medeiros e Centro Cultural Palácio da Justiça.

29/10 - Primeiro Contato: Epidemias






Participação de Marcus Barros (UFAM / FMT), Sydney Possuelo (IBI), Roberto Baruzzi (Unifesp) e coordenação de Lucio Terena (Coiab - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira).
O objetivo dessa mesa foi atualizar a discussão sobre as epidemias fatais que atacam tribos isoladas na época do seu primeiro contato com a nossa sociedade. Qual é a política hoje no Sistema Único de Saúde (SUS / Ministério da Saúde) para os cerca de 25 grupos que vivem isolados na Amazônia Brasileira, evitando o contato com a nossa cultura? Quais são os serviços básicos da saúde pública para prevenir a transmissão de doenças e a alta mortalidade observada durante as epidemias no primeiro contato?

30/10 - A Obra do Documentarista Adrian Cowell

Participação de Carlos Alberto de Mattos (crítico e pesquisador de cinema/ RJ). Rogelio Casado (UEA), Vicente Rios (UCG), Coordenação Stella Oswaldo Cruz Penido (Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz / RJ). Mesa que debateu a importância da trajetória e da narrativa fílmica do diretor Adrian Cowell, dentro do cenário do documentário brasileiro. A recepção à sua obra em Manaus nos anos 80.

Mostra Belo Horizonte






2009 – Belo Horizonte (MG) – 10 a 21 de novembro.
FORUMDOC.BH. 2009/ 13º Festival do Filme Etnográfico Fórum de Antropologia, Cinema e Vídeo – Retrospectiva Adrian Cowell, de 10 a 18 de novembro no Cineclube Face/ UFMG.

16/11 - O Cinema de Adrian Cowell e a Amazônia






Participação de Adrian Cowell, Mauro Oliveira (Dep. Índios Isolados - Funai, Vicente Rios (IGPA/PUC GO), Stella Oswaldo Cruz Penido (Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz)

17/11 - Filmar Sociedades Indígenas






Participação de Vincent Carelli (Vídeo nas Aldeias), Adrian Cowell, Isaías Sales Ibã Hunikuin.

Mostra Goiânia















5 a 14 de abril de 2010 – Semana dos Povos Indígenas /2010 - Cine Ouro.
O objetivo específico da Mostra de Filmes de Goiânia foi de caráter acadêmico e integrou a Semana dos Povos Indígenas da PUC GO/IGPA, cujo tema foi "Diálogos Interculturais: conhecimento e tecnologia". Foram apresentados oito filmes de Adrian Cowell.
Após a abertura da Mostra pelos professores Marlene Castro Ossami de Moura e Jézus Marco de Ataídes, foi apresentado o filme "Chico Mendes – Eu Quero Viver".
A Semana dos Povos Indígenas procura suscitar o debate acadêmico e intercultural mobilizando escolas, universidades e a sociedade civil com o objetivo de despertar a consciência crítica sobre as questões e demandas que envolvem os povos indígenas na atualidade e as suas relações com o meio ambiente. Portanto, a ênfase dada por Adrian Cowell em seus filmes foi elemento complementar e enriquecedor à Semana.